Não são poucos os aspectos importantes no trabalho de relatar experiências didáticas. Muitos de nós poderíamos indicar aqui vários deles, nascidos a partir de muitos contextos e de muitas sensibilidades. Neste momento, comentaremos de maneira muito sintética, apenas três aspectos: aquele do valor dado à memória pedagógica, as vantagens de registrar ou sistematizar o que se faz, o impulso que se produz em favor da pesquisa por meio desta prática.
Memória: todo saber parte de saberes já existentes. O saber teórico pedagógico sempre será filho do saber prático porque nascido da observação feita sobre a vida, sobre os fenômenos, os eventos educativos. Ao relatar experiências didáticas contribui-se com a consolidação da memória pedagógica que, por sua vez, aporta saberes à prática educativa.
Sistematização: a sistematização de experiências educativas tem um status científico e, de certa forma, é um dos “lugares” onde todos, como professores ou didatas, relatando nossas experiências, deveríamos nos encontrar para contar, escutar, registrar, recordar, confirmar nossas práticas de ensino e de aprendizagem. (Ver https://www.youtube.com/watch?v=_CXgdSUsVvM)
Impulso à pesquisa: o relato de experiências, comprometido com a memória histórica das ações educativas e com a sistematização de saberes vividos, acumula e projeta dados que alimentam as perguntas geradoras de novas pesquisas e novas ideias educativas. O relato,o parecer, a opinião, a narrativa, o discurso, são alguns dos principais insumos dados à produção científica por meio da pesquisa.
Há muito mais sobre o tema. “Toca seguir hablando…”.
Antonio Lobato Jr. (alobatojr@hotmail.com)
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